“Anote ou grave: o que eu faço não está escrito em lugar nenhum.” Assim costumava apresentar-se a poeta, slamer ,escritora.autora e roteirista Gisélia de Sá Trajano, que teve sua formação básica em poesia realizadanos saraus promovidos pelo grupo Poetas do Tietê no estabelecimento prisional em que se encontrava cumprindo pena na virada do século XX. Em espaço de exclusão radical, a autora, nascida em Suzano nos idos de 1977, filha de pais nordestinos migrantes, que pelejaram para criar os seis filhos que vingaram, teve pela primeira vez acesso a produções culturais e fez-se logo poeta. Na sequência, descobriu o slam e consagrou-se nesse formato de competição entre performances de poesia falada. A marca da oralidade não deixou de comparecer em sua primeira criação literária na modalidade escrita, a pequena narrativa Quem saberia perder, na qual se encontra ficcionalizada a experiência de Angélica, mulher negra e trabalhadora cuja vida vira de pernas para o ar quando ela comete um crime e é levada à prisão. Participou de sala de roteiro para o Multishow.
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